Como a Inteligência Artificial está transformando a indústria: estratégia, operação e resultados

A Inteligência Artificial já é uma realidade consolidada nas empresas mais inovadoras do setor industrial. Sua aplicação vai muito além da automação: trata-se de uma ferramenta estratégica que conecta dados, pessoas e processos para gerar valor real nos negócios. Da engenharia ao planejamento operacional, a IA está transformando a forma como líderes tomam decisões, otimizam recursos e enfrentam desafios complexos.

A seguir, abordamos os principais fatores que impulsionam essa transformação e apresentamos insights de executivos de grandes empresas, disponíveis no vídeo completo ao final do texto.

Por que a IA se tornou essencial na indústria?

A crescente complexidade dos projetos industriais, somada à necessidade de lidar com prazos curtos, orçamentos rígidos e ambientes regulatórios exigentes, tornou indispensável o uso de tecnologias que apoiem a gestão inteligente dessas variáveis. A indústria opera hoje em um ritmo acelerado, em que antecipar problemas, reduzir desperdícios e tomar decisões baseadas em dados não é mais uma vantagem competitiva, é uma exigência do mercado.

Nesse contexto, a Inteligência Artificial surge como uma solução robusta para lidar com variáveis críticas, garantindo mais previsibilidade e controle ao longo de toda a cadeia produtiva.

Mais do que automatizar tarefas repetitivas, a IA contribui diretamente para o desempenho estratégico das organizações. Ao cruzar grandes volumes de dados com algoritmos inteligentes, ela permite identificar padrões, simular cenários e orientar decisões com mais precisão. Isso impacta diretamente a produtividade, o uso eficiente de recursos e a capacidade das empresas de se adaptarem rapidamente a novos desafios.

A IA não substitui o conhecimento técnico, mas potencializa sua aplicação com agilidade e escala, colocando líderes industriais em uma posição mais estratégica frente à concorrência.

Casos práticos de aplicação

Empresas industriais de ponta já estão colhendo resultados concretos com a aplicação da Inteligência Artificial em suas operações. Na Nestlé, a IA faz parte de um ecossistema contínuo de inovação voltado à performance operacional.

Para Gustavo Modesto, líder de Transformação digital da empresa, a adoção da IA é coerente com o DNA inovador da marca. “É mais uma tecnologia que entra nesse portfólio, junto com outras, para aumentar a produtividade das operações. A gente vem adotando desde os primórdios.”

A abordagem estratégica é semelhante à adotada pela Vale, onde a IA é encarada como um pilar de transformação e diferenciação. Segundo Rodrigo Ruggiero, Diretor de Pelotização e Briquetes, o grande diferencial recente foi estruturar um portfólio de inovação com times dedicados. “Criar um portfólio de inovação dentro da empresa, colocar pessoas dedicadas para isso, aprender e dar conhecimento foi um divisor de águas.”

A fala evidencia que a IA não é apenas uma ferramenta técnica, mas um ativo estratégico que demanda governança, método e investimento contínuo em capacitação.

Na visão de Andrielly Dourado, Gerente Corporativa de Projetos do Grupo Olfar, a integração da IA precisa respeitar o papel do profissional, garantindo uma adoção segura e escalonável. “A Olfar tem um cuidado, um zelo com o profissional. Ela se preocupa com a integração do profissional e com a relevância dele na aceitação do novo.”

Esses exemplos mostram que a IA, aplicada com propósito, tem potencial para transformar a operação industrial de forma sistêmica, não apenas otimizando tarefas, mas aprimorando processos, decisões e resultados em toda a cadeia.

Fatores críticos para a adoção bem-sucedida

Adotar Inteligência Artificial no ambiente industrial exige mais do que adquirir tecnologias avançadas. A base para uma implementação eficaz começa com dados estruturados e de qualidade. Sem isso, os modelos de IA não conseguem gerar insights relevantes ou contribuir para a tomada de decisão.

Além disso, é essencial que os profissionais envolvidos compreendam profundamente os processos operacionais, pois é essa expertise que orienta a construção de soluções realmente aplicáveis no contexto da indústria.

Como destacou Gustavo Modesto, o sucesso da IA depende de uma tríade. “A adoção de inteligência artificial passa por uma combinação de hardware, software e pessoas. Cada um tem seu desafio específico.”

Nesse sentido, a capacitação das equipes é um fator determinante. O conhecimento técnico sobre IA precisa ser democratizado dentro das organizações para reduzir barreiras de entrada e garantir o engajamento necessário. Segundo Guilherme Ciuffi, líder de Inovação Corporativa na thyssenkrupp, “a gente precisa nivelar o conhecimento, levantar a barra para todo mundo, para não gerar aquela barreira por desconhecimento.”

Além disso, o desenvolvimento de uma arquitetura tecnológica adequada, com governança de dados, integração entre sistemas e capacidade de escalar soluções, é indispensável para garantir sustentabilidade e eficiência no uso da IA. Esse conjunto de fatores é o que transforma a IA de uma iniciativa pontual em um ativo estratégico.

Conclusão

A Inteligência Artificial já não é mais uma promessa para o futuro. Ela está transformando o presente da indústria. Empresas que compreendem seu valor estratégico e investem em estrutura, cultura e capacitação saem na frente na busca por eficiência, previsibilidade e inovação sustentável. Como vimos, a IA está sendo aplicada com propósito por grandes líderes do setor, e seus impactos já são visíveis em toda a cadeia de valor.

Na Timenow, esse movimento já faz parte da realidade. Com inteligência aplicada à engenharia e ao gerenciamento de projetos, a empresa atua lado a lado com organizações que desejam construir o futuro com método, tecnologia e visão estratégica.

Assista ao vídeo completo e confira como executivos da Braskem, Vale, Olfar e Nestlé estão utilizando IA para transformar suas operações e preparar suas empresas para os próximos desafios.